Por que?

Em poucos minutos minha cabeça se definia em uma palavra: medo. Instantaneamente meu coração gelou, e eu me paralisei com tudo isso que pensava. Uma reflexão que me fez pensar nas minhas atitudes cotidianas.



Não sei se vocês observaram isso, mas de uns dois anos pra cá, o tempo está correndo de uma maneira inexplicável, olhe hoje, dia 04 de junho!!! Já estamos no meio do ano, parece que foi ontem que postei um texto desejando um ótimo 2016 para todos você, e hoje me deparei com o MEIO DO ANO! Ai parei e pensei, onde eu estava esse tempo todo, estudando? dormindo? viajando?
Não realizei nada do que eu queria realizar, o blog está parado, e não estou estudando todos os dia como o planejado.

Eu me assustei de uma maneira que não tem como explicar, nesses 6 meses o que mais tive foi semana de provas, e isso me atolou, hoje estudo para mais uma semana que vem chegando, posso estar reclamando a toa, mas o ponto em que quero chegar não é este. Quero dizer, que com toda essa correria de provas, e trabalhos, e posts, eu me esqueço de sentir. (Como assim?) Não paro, e olho o céu, não sinto o cheiro tão bom da comida da minha avó, não deito e me desligo, tudo é movido por correria e pressa. Nem os abraços estão sendo sentimentais hoje em dia.

Esse é o medo que citei no começo do texto, tenho medo de que o tempo leve toda sensibilidade, e os sentimentos que precisamos sentir, prezo tanto esses momentos de sentir o cheiro, o toque, o frio na barriga, o nervosismo, tudo isso que são coisas tão mínimas mas que fazem tanto valor em nossas vidas, mas esquecemos de dar valor.

Minha ficha caiu na aula de literatura, quando meu professor leu um poema em que o autor dizia que ele queria sentir qualquer sentimento, que ele ficou tão perdido em tarefas que se esqueceu de sentir. Já pensou o quanto isso pode ser triste? Parar de sentir? Parar de se aquecer em sentimentos bons ou chorar pelos ruins? Por que o tempo faz isso? Por que a correria nos desestabiliza? Por que paramos de dar valor às coisas mais simples, e valorizar coisas materiais? Por que?

Precisamos de um mundo mais sensível, mais preparado para ver o que está frente aos seus olhos, e de se esquecer dos problemas ou de uma prova na segunda. Precisamos parar de correr, de ter pressa, de querer que chegue a sexta-feira logo, de perder tempo com coisas inúteis e desvalorizar os sentimentos lindos que a vida nos proporciona. Precisamos ter medo de parar de sentir, pois apenas assim valorizaremos tudo ao nosso redor. Eu comecei a ter medo, e você? 

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