O paradoxo mais delicioso

De certo modo tenho meu senso de liberdade, meus limites; sou sagitariana assumida. Livre. Quero descobrir o mundo e muitas vezes me sinto sufocada com as situações que a sociedade impõe.

Talvez eu esteja errada e em tempos toda essa angústia se vá, mas se pensar no presente, um sufoco reina em mim em certos momentos, e eu nem sei ao certo se algum dia fui livre para saber o que é isso.

Acredito que há tipos de liberdades, mas nenhuma nos mantém totalmente livres realmente; aquela história "sua liberdade acaba quando invade a minha", se a liberdade acaba, então nunca foi liberdade, concorda? Entretanto em uma sociedade que nos oprime, degrine e nos cala, o que nos resta é um tipo apenas, o pensamento.

Nele, você simplesmente é livre para pensar o que quiser, sonhar, viver um mundo utópico (que muitas vezes nos ilude), ofender quem quiser, e mesmo assim não afetar a "liberdade" ou os direitos de ninguém. Um mundo onde é totalmente seu; mas o problema começa quando problemas começam a invadir o seu refugio.

Pode garantir que pensar de mais muitas vezes faz mal, e machuca, mas é necessário, mas quando isso acontece a realidade te dá um choque e você volta completamente perdido em um mundo totalmente sufocante e imenso, no qual se você se perder em rótulos ou infâmias você mal existirá.

Não se perca, tenha sua liberdade utópica, sua liberdade de se expressar, entretanto prese pela mundana também, pois a realidade muitas vezes fere, mas infelizmente é necessária para uma vida real, que nos ensina, nos machuca, nos alegra, nos entristece; e por incrível que pareça é o paradoxo mais gostoso de se sentir que existe.